quarta-feira, 23 de junho de 2010
Quem é a Larissa?
Larissa Não Mora Mais Aqui. A peça do cara que fez o “Bailei na Curva”...
O projeto de Júlio Conte de reunir jovens (e talentosos) atores para contar uma típica história porto alegrense deu certo.
Ao longo de um ano, eles foram submetidos a um trabalho inovador. Buscando, através da alteração do ritmo respiratório e corporal, o estado ideal para a interpretação do personagem. Durante o processo, foram realizadas improvisações que originaram um material de tamanha qualidade, tanto na construção de personagens quanto nas próprias cenas. Nascia ali uma nova dramaturgia. Sem textos prontos, sem atuação acadêmica, o teatro real e naturalista.
Acima de tudo uma peça original.
O cenário conceitual á-la Dogville, de Lars Von Trier, contrasta com os escrachos de chorar de rir e as profundas cenas de chorar apenas por chorar. Durante mais de uma hora, o espectador vira mais um tímido inquilino do edifício Comendador Siqueira que observa estupefato, às proezas de seus vizinhos e os dramalhões das reuniões de condomínio.
Desde a estreia, há quatro temporadas, Larissa lotou os teatros da Sociedade Hebraica e Renascença; contrariado a máxima que diz que apenas medalhões globais conseguem colocar gente na plateia...
A divulgação também é um capítulo à parte, inédita no estado: de flashmobs com “cabeças de cubo” na rua até “twitts retwitados e novamente retwitados”, as mais novas e emergentes ferramentas de comunicação foram utilizadas a fim de trazer novamente aos jovens o gosto pela milenar arte grega.
Os personagens são pessoas reais. O cara com quem você discutiu no trânsito, aquele vizinho que você pensa que é gay (e que é), a ascensorista do elevador do seu prédio, seu amigo do trabalho em quem a mulher manda e desmanda, o sindico, entre outros. Todos estão presentes e tornam-se amigos (ou inimigos) do espectador.
Sabe quando você não sente o tempo passar? Pois é...
Bailei na Curva. A peça do cara que fez “Larissa não mora mais aqui”.
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